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cadastre-se agora11.07.2019 | SETORIAL - por Planeta Arroz
Mercosul e dívidas estão na pauta emergencial do governo federal, segundo o presidente Jair Bolsonaro
“Não vai dar pra salvar todo mundo, mas a situação é urgente, o setor é necessário e importante para a segurança alimentar do país e quem for possível e como for possível, nós vamos ajudar”. Com essa declaração o presidente da República Jair Bolsonaro resumiu o encontro que teve nesta quinta-feira, dia 11 de julho, com representantes das cadeias produtivas do arroz do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, em Brasília (DF).
Após ouvir relatos de produtores, dirigentes de cooperativas e representantes setoriais, deputados e senadores e da própria ministra da Agricultura, Tereza Cristina, sobre as razões da crise setorial e as principais reivindicações dos arrozeiros, Bolsonaro afirmou que já tem as informações necessárias em um estudo setorial e que “nas próximas semanas medidas importantes serão anunciadas”. Ele também destacou que a reforma previdenciária será seguida de propostas de mudanças tributárias que poderão refletir numa retomada dos investimentos e no aumento da competitividade dos produtos nacionais. Lembrou que o Acordo entre Mercosul e União Europeia trará novas oportunidades ao agronegócio nacional.
Pelas palavras do dirigente, os participantes do encontro saíram convencidos de que as demandas estruturais do setor serão atendidas, mas que haverá o anúncio de medidas emergenciais nos próximos dias. "Algumas ações anunciadas pelo governo, como a evolução do seguro agrícola, são importantes, mas a situação atual da orizicultura também exige medidas urgentes para aliviar o custo de produção e elevar a renda, trazendo equilíbrio e condições de se plantar as próximas safras", disse Ademar Kochenborger, presidente da União Central de Rizicultores (UCR).
A expectativa é de que haja o anúncio de uma prorrogação dos vencimentos de dívidas com vencimentos nos próximos meses e sejam criados mecanismos para renegociações. Com relação ao Mercosul, a ministra Tereza Cristina informou que um acordo de controle sanitário e de fluxo está em andamento, mas que frente à situação delicada do setor, por falta de renda outras medidas são necessárias.
Silvio Rafaeli, arrozeiro que é prefeito de Tapes e representante da Federação das Associações de Municipios do Rio Grande do Sul (Famurs), considerou muito positivo o encontro. Segundo ele, é preciso que o governo federal aja com urgência. “A simples conversão de 300 mil hectares de arroz em soja está impactando na redução da renda e dos empregos nos municípios da Metade Sul, derrubando a demanda por produtos e serviços, o nível de industrialização com o fechamento de pequenos engenhos e a circulação de recursos dentro das cidades e a arrecadação das prefeituras”, explica.
Para Rafaeli, a recuperação da renda do setor é a questão central. “Sabemos que é uma equação complexa, com muitos fatores envolvidos, mas também percebemos que o governo federal está ciente dos problemas e demonstra interesse político de enfrenta-los”, resume. Carlos Joel da Silva, presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS (Fetag), considera que a reunião tranquiliza a cadeia produtiva, uma vez que deixa claro que o governo sabe quais são os problemas e assume o compromisso de buscar soluções. “O Ministério da Agricultura está em sintonia com os produtores, o que precisamos agora é que o Ministério da Economia também seja sensível”, ratifica.
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